Diário de um poeta
poemas e textos sobre tudo e nada

Ter, 29 Jun 2004

Simplesmente é

Simplesmente é...
E no entanto
Para meu espanto
Essas horas sombrias,
Essas ideias fugidias,
Passam pela minha cabeça
Como quem na vida tropeça

Simplesmente é...
Mas corro para estes momentos
Para salvar meus tormentos
De um futuro invejoso
Onde não há nenhum gozo
Que não tenha lugar
Enquanto eu respirar

Simplesmente é...
Mas eu deixo que assim seja
O mundo a quem o deseja
Não a quem corre escondido
E é de si próprio temido
Passo horas descansado
Com o meu eu atormentado

Simplesmente é...
E continuará a ser
Enquanto algo para dizer
O meu cérebro vai tendo
E as emoções for lendo
Desde o dia amanhecer
Não tenho nada a perder

Simplesmente é...
E recuso-me a seguir
A regra do partir
Do meu cérebro fugir
De mim próprio não ouvir
Deixo isso aos mortos-vivos
Que pela rua são tidos.

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Ignorância

"Sejam bem aventurados os pobres de espírito
Pois deles será o reino dos céus"

Poucas frases me fazem pensar
Ao mesmo tempo e sem tardar
Em injustiça e em pecar
Sem pensar nas consequências

Esta ode à ignorância
À qual falta substância
Não limita a minha ânsia
De cada vez mais aprender

Tenho pena é daqueles
Quem sem saber são eles
Que perpetuam a desgraça
De permitir a trapaça

Não são os erros que me chateiam
Nem mesmo que as pessoas não leiam
É a recusa de aprender
De este mundo reconhecer

De tentar mais longe chegar
Seja aqui ou mais longe no mar
De o mundo todo atravessar
Para no fim poder amar

29/6/2004

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João Miguel Neves
Poeta e escritor
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