
poemas e textos sobre tudo e nada
Dom, 31 Out 2004
Pessoas que são quase normais
Excepto por procurarem amar
Aqueles que, pela sua inocência
Não o conseguem evitar
Crime velho e sempre escondido
De quem exerce vil autoridade
Sobre crianças e adolescentes
Que ganham eterna infelicidade
E num ciclo vicioso maldito
Onde a vítima se torna ofensor
Propaga-se um autêntico homicídio
De algo que devia ser amor
E assim se expande a pedofilia
Doença grave de toda a sociedade
Onde se destroem relações que sentia
Poder trazer-nos a nossa felicidade
31/10/2004 14h28
Desafio de elementos do Clã de Vialonga
[14:28] |
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Sáb, 30 Out 2004
No meio de um palco improvisado
Atraindo de todo o público a atenção
Com cabriolas e mais algo improvisado
Vai fazendo a sua actuação
E aqueles que o bobo observam
Bebem tudo o que ele diz
Fazendo com que os que o gozam
Não o façam infeliz
30/11/2004 - 21h50
[21:50] |
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Numa mesa de dúzia e quarto de comensais
A alegria passa entre os demais
Em rajadas de palavras
E umas histórias parvas
Que vão ocupar espaços centrais
E num ambiente partilhado
Que nenhum deseja perder
Constroi-se o conjunto iluminado
Que os levará a vencer
30/10/2004 - 20h35
[20:35] |
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Qua, 27 Out 2004
Olhares cansados de seres sentados
Conversas animadas de almas passadas
Sons malditos de sonoros apitos
Telefonemas privados por todos devassados
Há coisas por que vale a pena esperar
Mas por outras só dá para desesperar
Esperamos ultrapassar a desdita
Afogados na burocracia maldita
[17:49] |
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Ter, 26 Out 2004
Vivo fora da realidade
Na maior parte do dia a dia
Busco a minha felicidade
Num ecrã de apatia
E hoje tive grande choque
Ao constatar a profundidade
Que resultou num baque
Na minha personalidade
Ver o longe e o perto
Sentir o tridimensional
Apanhar nova luz
Olhar uma beleza natural
E perante tal beleza
Ganhei uma certeza
De que vale sempre pena
Mesmo quando a alma é pequena
Olhar para além da visão normal
Para o que é natural
26/10/2004 - 10:49
[10:49] |
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Seg, 25 Out 2004
Apareces assim, de cara lavada
Por uma chuva que ainda há pouco
Te deixou mais que encharcada
As gotas deixam-te iluminada
Recordando a um simples louco
O sentimento da água passada
E a sujidade que antes aí estava
Escorreu em riacho apressado
Deixando apenas em cada entrada
Um resto de água assustado
E enquanto a àgua ganha coragem
Uma a uma, as gotas vão saindo
Vão brincando com a aragem
Apanhando o mais distraído
[10:05] |
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Sex, 22 Out 2004
Pouco a pouco vejo sinais de vida
Nesta Lisboa adormecida
Que pouco a pouco vejo a acordar
Passeiam carros em cada avenida
Mas parece que o sol convida
Ainda a ficar a descansar
E os passeios enchem-se de seguida
Por gentes que sentem iludida
A sua vontade de ir trabalhar
E, como fénix renascida,
Lisboa acorda aguerrida
Mais um dia a maravilhar
22/10/2004 - 9:03
[09:03] |
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Qua, 20 Out 2004
Porque não são eternos os sábios?
Os que aprenderam tudo
E ficaram para nos ensinar
O valor de um sorriso
Porque não são eternos os sábios?
Os que, vendo nossos erros,
Nos contemplam placidamente
E nos explicam como não repetir
Por não são eternos os sábios?
Que sabendo, esperam que descubramos
Que não há vidas já feitas
Que o caminho se faz andando
20/10/2004 - 18h17
Morreu o Padre Francisco.
[18:17] |
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Qua, 13 Out 2004
Levanto os olhos e vejo o futuro
Limpo as gotas que escorrem pela cara
A dor de ontem já ficou para trás
A dor de hoje aos poucos sara
Entre sonhos, desejos e aprendizagem
Sinto temperada a minha personalidade
Sigo um futuro feito à minha imagem
Quero vivê-lo enquanto passo a idade
Sonhos leves como o pó no ar
Que me seguram à realidade
Não se atrevem a me passar
Apenas a ideia da felicidade
Desejos fortes como o aço
Fazem-me lembrar porque caço
Em cada momento que vivo
O cerne do momento ido
Aprendizagem acumulada
Em memórias já vazias
De uma paixão assolapada
Para fazer o que querias
E tudo o que vejo e sinto
Não é passado nem presente
É apenas um de muitos futuros
A que não sou indiferente
13/10/2004
[18:06] |
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