Diário de um poeta
poemas e textos sobre tudo e nada

Qua, 22 Jun 2005

Fujo

Fujo da minha vida quando passa,
Fujo do trabalho, dos papéis,
Fujo das tarefas, das obrigações,
Fujo dos amores e das paixões,

Sinto-me em constante fuga
Sem saber que não fazer
Para acabar com o entristecer
Que em mim pareço antever.

22/6/2005 - 10h54

[10:54] | 0 comentário(s)

Qui, 16 Jun 2005

Dias Normais

Dias em que nada parece feito
Mas que não ficou nada por fazer
Em que a lista final do dia
Parece desvanecer

Dias em que não há culpa,
Pelo que ficou por fazer
Nem o prazer da vitória
Que nos faz estremecer

Dias para aproveitar
Com uma certa melancolia
Dias em que nada se vai passar
Nem tristeza, nem alegria

16/6/2005 - 18h12

[18:12] | 1 comentário(s)

Ter, 14 Jun 2005

Mestres

Que esconde uma coluna
Que não tem capiteis?
Que esconde uma pintura
Com um só traço de pincel?
Que esconde um retrato
Com o cansaço no olhar?
Que esconde uma parede
Que mal parece curvar?

O esforço em horas investido
Falhando após falhar
Tentando mais uma vez
Até tudo resultar

Um dia após o outro
Sempre a trabalhar
Ultrapassando-se a si próprio
Até ninguém o igual

14/6/2005 - 17h59

(Gaudi, Miró, Picasso, Gaudi)

[17:59] | 0 comentário(s)

Seg, 13 Jun 2005

Multidão

A vida passa a mesu pés
À minha volta
Movimenta-se a multidão
Quase revolta
Passam por mim assim
Ponta solta
Levam-se, uns aos outros
Como escolta

13/6/2005 - 19h41

(Barceloneta)

[19:41] | 0 comentário(s)

Vontade de Vencer

Os momentos passados
Em locais levantados
Convidam à reflexão

Os passos já vividos
Em recordações retidos
Fazem-me procurar minha paixão

Em momentos em que a vida é incerta
Quando apenas a morte parece certa
Há quem associe a cantar

Outros há, sem ditração,
Nem dividir da sua atenção
Dedicam a vida a trabalhar

Em que grupo me insiro?
Nos que dizem: eu respiro!
E pela vida vão andar

Criando ou destruindo
Amigando ou desavindo
Não sei se vai resultar

É a certeza do incerto
O longe de quem está perto
O cansaço de descansar

É o orgulho do humilde
A não letra do tilde
O ódio de amar

E assim pergunto às nuvens
E às árvores que não tugem
Que me poderão dizer

E o sol intrometido
Responde que tem de ser sentido
A vontade de vencer

13/6/2005 - 18h34

(Montserrat)

[18:34] | 0 comentário(s)

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João Miguel Neves
Poeta e escritor
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