Lisboa que escondes tu
Por trás da leve neblina
Que surpresas nos guardas
Que verdade deixas retida
Antes os olhos de desconhecidos
Pareces expor tua beleza
Para os que olham de perto
Não sobra tanta certeza
Numa esquina nunca vista
Mas que sempre esteve lá
Escondes mais um pouco de ti
O segredo de um antigo xá
E quem se dá ao trabalho
De explorar tudo o que mostras
Encontra sempre os milagres
A descer as tuas encostas
Edifícios que ninguém vê
Varandas nunca antes vigiadas
Pontos nunca observados
Pessoas nunca cumprimentadas
E nos espaços desconhecidos
Desta estranha cidade antiga
Esconde-se o passar dos tempos
Em cada esquina uma amiga
21/9/2007 - 18h00
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