Caminhava eu pela inóspita floresta
Quando dei de caras com uma fadinha
Trazia nos seus olhos as estrelas
Nos seus lábios, uma varinha.
Ao contrário de tantas outras,
Não usava pó de estrelas
Nem sequer outras artimanhas
Dava-nos energia pelos olhos dela
Um sorriso, uma mágica
Um olhar surpreendido
E nenhum de nós é o mesmo
Neste mundo perdido
No entanto algo se passou
Algo que desconhecemos
E que, sem saber porquê
Nós todos tememos
A fadinha desapareceu
Mental e fisicamente
Sem saber o que se passava
Andava tudo demente
Ainda apareceu um dia
Estava irreconhecível
Quem a olhasse nos olhos
Tinha uma visão terrível
Tentou-se averiguar
O fundo desta questão
Como podia a fadinha
Perder seu coração?
E forças mais altas responderam
Às preces de uma turba alarmada
E, pouco a pouco, resolveram
Os problemas desta fada
Hoje a fadinha voltou
A distribuir sua magia
Entre quem a conhece
E dela a falta sentia...
24-28/7/2004
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